"A igreja essencial tem menos de nós e mais de Deus. Menos programas e mais amor, menos teoria e mais prática." Helder Roger

Nossos valores:

1) Comunhão com Jesus, através do Espírito Santo
2) Relacionamento de companheirismo e crescimento entre os seguidores de Jesus
3) Cumprimento da missão deixada por Jesus

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Um vídeo emocionante sobre o cuidado de Jesus por nós (produzido pela Igreja Batista - São José dos Campos).

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Pequeno Grupo é um grupo de pessoas que se reúne semanalmente sob a coordenação de um líder visando o crescimento espiritual, relacional e evangelístico, objetivando sua multiplicação. É um plano vivenciado no Antigo e Novo Testamentos, que nasceu no coração de Deus, para todas as igrejas – grandes e pequenas, para todos os segmentos da igreja, foi o modelo da igreja adventista em seus primórdios, que propiciará um ambiente para o pastoreio e o desenvolvimento espiritual dos membros.
“Vi os santos deixarem as cidades, e vilas, reunirem-se em grupos e viverem nos lugares mais solitários da Terra. Anjos lhes proviam alimento e água, enquanto os ímpios estavam a sofrer fome e sede. Vi então os principais homens da Terra consultando entre si, e Satanás e seus anjos ocupados em redor deles. Vi um impresso, espalhado nas diferentes partes da Terra, dando ordens para que se concedesse ao povo liberdade para, depois de certo tempo, matar os santos, a menos que estes renunciassem a sua fé estranha, abandonassem o sábado e guardassem o primeiro dia da semana”. PE. pág. 282.
Sugerimos a formação e desenvolvimento do Pequeno Grupo como a estrutura que proporcionará:atendimento pastoral, comunidade relacional e mobilização dos membros para o cumprimento da missão em todo o território da DSA.
http://www.ucb.org.br/portal/?page_id=1431

Formando Líderes num ambiente relacional


FORMANDO NOVOS LÍDERES

Existe algo extraordinário quando pessoas se movem na direção da formação de novos líderes. Uma escalada rumo à maturidade espiritual se inicia, os passos dados geram um movimento de transformação no novo líder e na comunidade em que vive. O objetivo final é a multiplicação da liderança, mais especificamente o surgimento de novas igrejas. Neste artigo, desejo criar em você a chama da ignição que leva a esse movimento fabuloso rumo à multiplicação de líderes numa comunidade missional (1).

ESTAMOS PRECISANDO DE MAIS LÍDERES

A igreja cresce rapidamente, essa é a boa notícia, a má é que esse crescimento poderia ser assustador se houvesse mais líderes com mentalidade discipuladora (2). O apelo de Cristo é urgente “orem para que Deus mande mais trabalhadores” (Mt 9.38). O crescimento integral da igreja é proporcional à formação de novos líderes. Quanto mais líderes tivermos, mais chance de nos multiplicarmos teremos. O nosso foco primário deve ser não apenas abrir casas, salões, mas formar líderes com visão missional, do contrário, o declínio é questão de tempo. A melhor medição de saúde espiritual da igreja reside na sua liderança. Essa realidade nos coloca no palco da ação para o descortinar de uma nova era, onde as pessoas serão treinadas, mobilizadas a ações que obedeçam ao imperativo FAÇAM DISCÍPULOS.  

ELIMINE A BARREIRA PRINCIPAL

Quando Jesus veio ao mundo, Ele ampliou a dimensão de muitas coisas que eram a base da religião de sua época. O templo, o sacerdócio e o sacrifício são exemplos disso (3). Se pararmos para observar, praticamente todo o sistema estava fundamentado nestas três estruturas. Ainda hoje muitos mantêm de maneira contextualizada tais alicerces. Mas Jesus expandiu a visão da comunidade para além de um lugar específico de adoração e o trouxe para o seio da sociedade: a casa, a família.

Ele ampliou o sacerdócio restrito a uma tribo, a um clero religioso, para o sacerdócio de todos os crentes. E, por fim, Ele substituiu o sacrifício de animais pelo sacrifício perfeito de Si mesmo na cruz. A partir deste novo paradigma, a casa, as pessoas e o sacrifício de Jesus mostraram uma nova forma de aplicação da fé. O evangelho transcendeu as paredes da igreja, para chegar à intimidade das pessoas; o pastoreio se tornou mais próximo, eficaz; e o sacrifício mais real.

Neste processo, o “discipulado em comunidade” (4) tem um importante peso de influência. O termo chave para fortalecer esta mudança é a palavra relacionamento. Sob esta base Jesus incorpora um novo estilo de liderança, capaz de subverter qualquer força. Este modo de vida caracteriza a maneira como nos relacionamos com Deus, com os outros e com o mundo.

Jesus sabia disso, por isso se apressou em eliminar a barreira principal na formação de uma nova comunidade de líderes. Nos evangelhos Ele sai da periferia em direção às cidades. Sua migração tem como objetivo a comunidade em transformação por meio de relacionamentos autênticos de discipulado. Ele derruba as barreiras da tradição exclusivista mantendo um comportamento contracultural de valorização das pessoas. Ele alcança as massas e as conduz ao reino sob a estratégia simples de compartilhar as experiências do dia a dia. Isso fez a diferença no tempo de Jesus e faz para nós hoje. O mundo moderno tem aparentemente tudo, menos relacionamentos autênticos. "As pessoas estão clamando por companheirismo, serviço voluntário, amor gratuito, aproximação natural e fé pura. O que cativa é o simples - compartilhar experiências comuns juntos" (5).

"Pesquisas apontam que o número de pessoas que apostatam da fé está cada vez mais alto, chegando a índices alarmantes a cada ano. Se metade das pessoas que ganhamos para Cristo abandona a igreja, há algo errado com a maneira como temos aplicado o termo discipulado em comunidade. Essas mesmas pesquisas mostram que o fator de maior peso para a apostasia é o relacionamento. Infelizmente, corremos o risco de ver a grande comissão sendo transformada numa grande omissão, com milhões de pseudocristãos, limitados a sua religião de fim de semana, como se, por duas ou três horas semanais, esgotassem o compromisso de discipulado. Não estamos imunes a tal patologia. Precisamos reimaginar a igreja sob a perspectiva de Jesus. Não podemos correr o risco de dogmatizar a forma, mas também não devemos pragmatizar os princípios, dos quais o relacionamento é o principal. Deus nos convida a um relacionamento com Ele, com os outros e com o mundo. Isso é sistematizado pela igreja através do processo de discipulado que a sustenta. COMUNHÃO com Deus; RELACIONAMENTO com os outros; MISSÃO com o mundo" (6).

Seguindo esta dinâmica, a formação de novos líderes aparece como prioridade urgente e importante. O ponto de partida do Espírito Santo para implementar esse processo começa com você. Portanto, a maneira como você irá se comportar nesta caminhada vai determinar o alcance de Deus nas pessoas que Ele vai lhe dar para serem pastoreadas.

FORME LÍDERES COM MENTE DISCIPULADORA

A igreja está precisando desesperadamente de um modelo de liderança diferente. O modelo predominante pode ser resumido pela expressão “eu sou o centro de tudo”, e esse é, precisamente, o maior impedimento para se viver em comunidade. Já ouvi várias vezes, pessoas dizerem que pequenos grupos são complicados de implantar. E é realmente, quando subimos na plataforma de nossa igrejas, abrimos um notebook com power points mágicos cheios de dicas para fazer funcionar um sistema que é quase que puramente pessoal, e entregamos um kit na certeza de que está tudo feito. O resultado disso já conhecemos na prática, muita frustração. Isso fez com que muitos desistissem de tentar novamente, e agora do jeito certo.

Que bom que você está interessado neste plano. Pequenos grupos e formação de líderes não são para qualquer um, são para os melhores, para aqueles que realmente trabalham. Sabe por que afirmo isso? Porque implantar pequenos grupos e executar um programa intencional de formação de líderes demanda tempo, organização, muita oração e agenda lotada de compromissos que influenciam o crescimento da igreja.

"Liderar é influência, e se você não influencia, equivale a dizer que você também não é líder" (7) . Agora pense, você realmente influencia a sua igreja, sua liderança? Você realmente acredita que o púlpito semanal de 30/40 minutos no sábado é suficiente para deixar um legado que perdurará mesmo com a sua saída? Acredita que as comissões de sua igreja, muitas delas difíceis, mudarão a característica do seu povo? Isso pode até ajudar, mas lamento dizer que em nosso contexto sul americano, isso não é completo.

O melhor ambiente para formar líderes é no contexto de um pequeno grupo que expande a sua influência nas unidades da Escola Sabatina, unidades de clube de Desbravadores. A razão é simples, elas são pequenos ajuntamentos que acontecem periodicamente. Querer formar líderes no encontro de final de semana é não somente utopia, mas desperdício de recursos. A realidade hoje é que, muito embora estejamos comumente correndo, nem sempre fazemos o que é importante para alcançar o que se objetiva.

Conheço muitas pessoas que estão se matando no trabalho do Senhor e não alcançam resultado nenhum, alguma coisa está errada! Eles estão suando a camisa sem, contudo experimentarem prazer no trabalho e realização pessoal. Muitos estão se desgastando por aquilo que não faz a igreja crescer. Lembre-se que para a igreja crescer, a liderança tem que crescer! É preciso um redirecionamento do trabalho, da nossa agenda e das nossas prioridades.

Tenho descoberto que o problema não são apenas os programas em demasia, mas sim, a nossa insistência em querer trabalhar sem largar o osso da centralização, do poder único e da palavra final. Os pequenos grupos e a formação de novos líderes são um golpe devastador na centralização de poder, no sacerdócio clerical. Contrariamente, esse sistema fortalece o sacerdócio de todos os crentes, os dons e o surgimento de comunidades sadias. O resultado é evidente, agora não mais um, mas muitos. Não só o pastor, mas um grupo forte que trabalha em força conjunta com um propósito claro - fazer a igreja crescer e se multiplicar.

O sonho de todo verdadeiro líder é ver a sua igreja envolvida e apaixonada pelas almas. Mas isso só é possível quando permitimos que Cristo tome a nossa vida, nos dê mais humildade para aprender. Precisamos repartir a liderança e oportunizar a liberação de talentos. Devemos reconhecer que nossos relacionamentos vão além de um junta panelas ou de um aperto de mão à saída de cada culto. Se realmente queremos influenciar, devemos aprender a viver a palavra discipulado. Sabemos tão pouco disso. Não na teoria, porque estamos cheios de livros sobre este assunto, mas digo na prática. Acertadamente a DSA especificou o que é discipulado, em apenas três palavras, tão simples, tão objetivo como o é no dia a dia: COMUNHÃO, RELACIONAMENTO e MISSÃO. Comunhão com Deus através da oração, do estudo Bíblia e da lição da Escola Sabatina, relacionamento com os outros através dos pequenos grupos e missão às cidades através das frentes missionárias. Você olha isso e pode dizer, não vejo nenhuma novidade. Eu também não, mas isso é muito mais do que saber o que fazer, devemos compreender por que fazemos. Quando as razões são claras e os propósitos, seguros; perseveramos, apesar de toda oposição.

Você tem a oportunidade de mudar a realidade de sua igreja através de um plano intencional de formação de novos líderes. No entanto, garanto que o primeiro a ser transformado será você. É impossível concluir um plano assim com motivações egoístas. Esse tipo de plano não existe para agradar pessoas, mas para discipular. E discipular demanda olhar para fora, dedicar mais tempo e recursos aos outros, requer mais perdão, relacionamentos abertos, sem máscaras, sem formalismos, sem jargões, sem tradicionalismos, sem hipocrisia.

O que estou dizendo é que este é um programa espiritual, não é um caderno de dicas com datas fixas para se sentarem em cadeiras ou bancos enfileirados, vendo nucas e olhando a power points frios, não, não é isso! É uma escalada rumo à maturidade espiritual. A verdade é que queremos isso para você antes de poder dar aos outros.

O processo é simples, Deus vai usá-lo para discipular com COMUNHÃO, RELACIONAMENTO E MISSÃO. Essas três palavras formam a base do sistema de pequenos grupos e formação de novos líderes, sem elas é impossível fazer a sua igreja crescer, em qualquer espécie de programa ou estratégia. Significa que elas devem ser parte fundamental em seu planejamento e atividades diárias.

ONDE ESTÁ O PLANO INTENCIONAL DE FORMAÇÃO DE LÍDERES?

O que adianta ter templos, recursos, posições, materiais e não ter pessoas? Ter tudo e não ter pessoas equivale dizer que você não tem nada. Construa muito, cresça em dízimos e ofertas, se qualifique, produza bons materiais, mas acima de tudo forme líderes com um plano intencional de multiplicação. Não estou pedindo para marcar uma data no auditório do colégio, fazer uma palestra das qualificações de um bom líder e pronto. Com todo respeito, isso qualquer palestrante de motivação faz. Estou clamando para que você organize um plano de acompanhamento sistemático, que envolva menos formalismo, mais participação, mais tempo, mais atenção, mais carinho, mais encontros sociais, mais elogio, mais desafio, mais ministração.

Preparar líderes para a mudança é o caminho mais seguro para neutralizar a oposição. Não seja abrupto, não vá correndo com uma liderança que nem anda. A maioria dos membros do seu distrito não tem a mínima ideia do que significa viver um discipulado cristão, muito menos ser um líder discipulador.

Você precisa ser sábio para quebrar a frieza e despertar o interesse. Antes de realmente fazer a largada e começar suas reuniões de protótipo organize sua trajetória. Como um atleta, prepare o calçado, a roupa, se concentre e então se aqueça rumo à vitória. Normalmente, aquele que entra no palco da ação sem preparo dá vexame e se frustra. Não queremos isso para você. O requisito básico para ter sucesso neste plano é o preparo antecipado. Mas o preparo somente não é suficiente, você precisa ser apaixonado por discipulado. Honestamente, nesse ponto, você tem duas alternativas: prosseguir com prazer porque já é apaixonado de verdade, ou ir para o vale de Jaboque e lutar com Deus para que Ele lhe dê essa paixão. Do contrário, é perda de tempo. Eu acredito sinceramente que Deus está levantando uma geração de pastores e líderes que estão preocupados com o discipulado, e você é um deles!

Vamos realizar um pré-preparo de maneira simples, preciso da sua ajuda aqui:

1. Comece a preparar e pregar sermões nos próximos meses sobre comunidade. Você me entendeu bem? Não é sobre pequenos grupos, é sobre discipulado em comunidade. Os Pequenos Grupos estão implícitos aqui. Portanto, reorganize seu plano de pregação no distrito, na sua igreja! Faça você o sermão, por que se você faz o seu próprio sermão, há uma identificação e aprendizado com o assunto que o tornará apto para pregar com mais poder do que qualquer outro pregador de TV. Por isso, estude, ore, medite, escreva e pregue.

2. Ore, mas ore muito, pedindo a Deus que lhe dê um grupo de pessoas, que Ele lhe mostre quem você deve chamar para participar do seu grupo protótipo.

3. Comunique a sua liderança que você está comprometido semanalmente com a formação de novos líderes.

4. Siga um plano intencional de formação de novos líderes antes de começar a implementar as mudanças. Caminhe no ritmo do pelotão para que o plano seja uma conquista da equipe.

5. Comece sua jornada de liderança mostrando três bases simples:

a) Onde estamos - a realidade da falta de líderes discipuladores na igreja e suas consequências;
b) Qual o nosso sonho: onde queremos chegar - Ter alvos claros, factíveis e executáveis (mostrar o ideal: uma liderança que se multiplica, resultando em novas comunidades [plantio de novas igrejas]);
c) Como vamos chegar lá - apresentar uma escalada espiritual rumo à maturidade cristã.

6. Organize a sua agenda de maneira que os encontros semanais sejam prioridade.

7. Vá mostrando a visão de comunidade em todos os meios de comunicação da igreja a partir de hoje.

8. Aprenda a utilizar sms, telefone, rede social e email com a sua liderança como instrumento de motivação e cuidado espiritual. Permita que eles sintam que há alguém que vela por eles. 

9. Vá em frente. Primeiro os valores depois a visão, a estratégia e só depois a estrutura. Isso é um aviso para você não mudar a estrutura de trabalho rapidamente. Para o seu bem, acredite!

VIVENCIE UM PROCESSO DE PROTÓTIPO

Nenhum plano de formação de líderes se sustenta com um ou dois encontros ocasionais. A base de um protótipo é a vivência semanal. É isso que o torna poderoso! À medida que experimentamos relacionamentos mais abertos de maneira intencional, nossa influência se alastra tornando a reprodução de valores, visão e estratégias algo natural, espontâneo. Um protótipo de líderes deve estar fundamentado, em seu conteúdo e metodologia, no discipulado conforme as bases que conhecemos: COMUNHÃO, RELACIONAMENTO e MISSÃO. 

Precisamos traduzir essa dinâmica num plano simples que prepara o futuro líder a uma escalada rumo à maturidade espiritual. Talvez, uma das melhores formas seja desenvolvendo "uma jornada de liderança de várias semanas"(8). Durante esse período trabalhamos valores e visão da vida em comunidade, onde cada um procura edificar o outro, "onde cada um encoraja os outros a viverem juntos e a não se isolarem em sua casa e trabalho. Onde orar e ministrar uns aos outros é cotidiano e cria um sentimento de interesse de ter o melhor para o outro; onde cada membro olha além da igreja e grupo, a fim de alcançar um amigo ou parente para um relacionamento de salvação com Jesus; onde cada membro cria oportunidades para compartilhar sua fé em Cristo. Onde todos os membros exercitam os seus dons espirituais para a edificação da igreja; onde cada membro é encorajado a ter uma atitude de servo; onde cada membro é responsável por uma outra pessoa no grupo; onde o grupo se multiplica em novos grupos regularmente; onde os grupos se expandem em lugares que, humanamente, seria impossível a presença da igreja. Onde todos os membros estão abertos à liderança e à visão do Espírito Santo; onde todos reconhecem sua falência pessoal e se tornam completamente dependentes de Jesus; onde o louvor e a adoração acontecem como resposta ao amor de Cristo" (9).

Os valores da comunidade precisam ser expandidos na aplicação prática de fatores de crescimento e multiplicação da liderança. Fatores como a execução de objetivos claros; oração; sonhos de multiplicação; reprodução de novos líderes; relacionamentos sociais mais abertos; evangelismo integrado; encontros de pequenos grupos cativantes; a extensão do pequeno grupo na Escola Sabatina e o plantio de igrejas missionais.

Visualize isso: a cada semana o protótipo tendo a oportunidade de vivenciar atividades práticas, avaliar o processo, compartilhar ideias e testemunhos, motivar e desafiar. Por isso, você precisa fazer protótipos. Quando uma jornada de liderança se inicia, o líder precisa se preparar com antecedência de algumas semanas; necessita rever seus conceitos de treinamento e envolvimento pessoal. No pequeno grupo protótipo não há espaço para formalidade exagerada, monólogos, cadeiras enfileiradas pra ver nucas, rotina de encontros exclusivos da reunião semanal, pouca motivação e desafios gelados. Nenhum líder prudente entra nisso sem antes avaliar a real situação da igreja, da sua vida pessoal, sem também projetar sonhos ousados e definir os primeiros passos, ou passos seguintes que alguém precisa tomar para se tornar um líder discipulador.

Ao realizar o protótipo, creia que o maior beneficiado é você. Afinal, só vive o discipulado quem tem discípulos. A questão é: Quem são os seus imitadores?

REFORMULE A SUA AGENDA OU ESQUEÇA ESSE PAPO DE LÍDERES DISCIPULADORES

Nossa agenda nem sempre corresponde ao ideal do nosso trabalho. Quero ressaltar de imediato, que esse é um ponto extremamente delicado de se tratar. Ele se torna sensível por dois motivos: primeiramente, porque a distorção de prioridades varia de líder para líder. Em segundo lugar, porque isso mexe com o controle do tempo que dedicamos para trabalhar realmente. Obviamente, não queremos gerar desconfiança sobre nossas reais prioridades, muito menos, colocar em cheque a nossa idoneidade quanto ao uso sábio do tempo. Causa ojeriza descobrirmos que o tempo que empregamos em determinada prioridade é inútil. A realidade geral, no entanto, corrobora nossa sensibilidade ao mostrar líderes cada vez mais cansados e ao mesmo tempo mais desanimados com seus esforços. Muitos estão perdidos numa agenda infindável de dificuldades. Sua rotina parece fora de controle, consequentemente todos perdem, a família, a igreja e o próprio líder.

Esse tipo de situação tem feito surgir muitas figuras anacrônicas do pastorado e liderança local. Tais figuras são modelos desvirtuadores do papel pastoral e do líder na igreja. Isso é realmente evidente com um bom número de pastores/líderes que se parecem mais terapeutas, bombeiros da fé, gerentes de programas, de problemas de comissões, de disciplina ou promotores de festivais e excursões. O duro, é que tudo isso demanda um tempo excessivo. Não há nenhum problema em todas essas coisas, mas não podemos ser marcados por tais tipos de estereótipos.

Somos pastores/líderes discipuladores, isso é o que fica, que deixa legado. As demais coisas são pontuais, gostosas no momento, mas sem efeitos futuros no todo da igreja. A pergunta definitiva é a seguinte: E o discipulado? Onde estão aqueles que reproduzirão a sua liderança? Como isso ocorre na prática? O que você faz que reforça um perfil discipulador? Isso lhe dá prazer? Você enxerga retorno? Pois que fique claro que líderes que entenderam a razão do chamado, entenderam o mandato de Mateus 27:19 - vá e FAÇA DISCÍPULOS (10).

Quero lhe propor um exemplo simples de como você pode adequar a sua agenda para realmente discipular pessoas. Não quero ter a pretensão de dizer a você o que você deve fazer ou não, de maneira alguma, quero apenas propor um caminho seguro, saudável em sua forma, disciplinado em sua essência e que gera resultados em sua prática. Pode ser quem sabe um giro de 180◦ na sua forma de trabalhar na igreja. Não é nada novo, mas também não é o comum que você encontra em qualquer ajuntamento por aí. Essa proposta visa demolir o problema da agenda focada nas pessoas erradas.

a) Proposta simples

A agenda 80/20 é bem simples. Você dedica 80% do seu tempo para a liderança do seu distrito/igreja (líderes que já existem e os que você irá formar) e 20% para as outras coisas. Eu sei que não é fácil, é uma mudança de paradigmas. Você pode achar que isso lhe dará bastante tempo livre, calma, não se iluda tão rapidamente. De antemão posso lhe garantir uma coisa: SEU MINISTÉRIO TERÁ A MARCA DE JESUS! O discipulado de líderes faz a sua passagem perdurar para além de sua existência. E essa é precisamente a marca dos grandes líderes, eles deixam seguidores! Observe isso na prática: DINÂMICA 80/20

1. Reunião semanal com eles (enquanto estiver realizando a sua jornada de liderança).

2. Plano de visitação mensal para eles (Dois tipos de visitas).

a) Necessidades espirituais, familiares e econômicas: Estudo da Bíblia, oração, culto familiar.
b) Planejamento da liderança: Desenvolvimento dos dons e sua aplicação.

3. Plano de visitação a outros com eles: Interessados e membros.

4. Organizar um retiro de final de semana com eles frequentemente.

5. Ir a pequenos grupos com eles.

6. Coordenar um congresso anual de discipulado no distrito.

CONCLUSÃO

A formação de novos líderes tem o propósito claro de agradar a Deus. Nesse plano a ordem é direta, descarta qualquer tentativa de sucesso isolado, (talvez por isso, muitos se omitem dessa responsabilidade) Deus eleva o nosso padrão e nos condiciona à posição de pais espirituais. A primeira geração criada ouviu esta ordem diretamente de Deus no jardim: “Crescei e multiplicai-vos.” Gn. 1:28.

Nos primórdios duas 
classes
 se levantaram: os que agradavam a Deus e os que não agradavam. Os que cresciam e se multiplicavam e aqueles que estavam preocupados em fazer outras coisas, menos seguir a ordem de Gênesis 1:28. Observe o quadro e tire as suas conclusões:


Você compreende o plano de Deus para você? Deus quer mais filhos. Ele quer que você gere filhos espirituais através de sua liderança. Saia da planície de Sinar (Gn 11:1; 12:1) e gere filhos! Só isso. “Crescei e multiplicai-vos.” No dia da glória Deus vai perguntar: Onde estão os filhos? Você trouxe o que lhe pedi? Lembre-se, “os filhos são a herança do Senhor” (Sl 127:3). Portanto, multiplique a sua liderança!

Pr. Alex Palmeira
Secretário da Igreja Adventista na MOSR

Referências: 

(1) Para entender o termo “comunidades missionais” ver Ed. Stetzer. Planting missional churches. Nashville: B. & H. Publishing Group, 2006. Aubrey Malphurs. Planting growing churches. Grand Rapids: Baker Books, 2004. Stuart Murray. Church planting. Scottsdale: Herald Press, 2001. Gary L. Mcintosh (Org). Evaluating the church growth movement. Grand Rapids: Zondervan, 2004. Rubens R. Muzio (Org.). A revolução silenciosa:transformando cidades pela implantação de igrejas saudáveis : Londrina - um estudo decaso. São Paulo: Sepal, 2004.

(2) Joel Comiskey. Multiplicando a liderança. Curitiba, PR: MIC, 2008. p. 12.

(3) Frank Viola e George Barna. Cristianismo pagão. São Paulo, SP: ed. Abba, 2008. p. 42.

(4) Para melhor entendimento ver Dietrich Bonhoeffer. Discipulado. São Leo- poldo, RS: ed. Sinodal, 2004. Bill Hull. A igreja que faz discípulos. São Paulo, SP: editora Batista Regular, 2003. Gary W. Kuhne. O discipulado Dinâmico. Belo Horizonte, MG: Ed. Betânia, 2008. James A. Cress. Comunidade de amor. Tatui, SP: ed. CPB, 2010. John Stott. O discípulo radical. Viçosa, MG: ed. Ultimato, 2011. Josué Campanhã. Discipulado transformando igrejas. São Paulo, SP: ed. Bompastor, 2006. LeRoy Eims. A arte perdida de fazer discípu- los. Belo Horizonte, MG: ed. Atos, 2002.

(5) Alex Palmeira. Formando líderes. Curitiba, PR: União Sul Brasileira da iasd, 2012. p 35.

(6) Idem.

(7) Alex Palmeira. Formando Líderes. Curitiba, PR: União Sul Brasileira da IASD, 2012. p 9.

(8) Para experimentar uma jornada de liderança ver Alex Palmeira. Formando líderes. Curitiba, PR: União Sul Brasileira da iasd, 2012.

(9) Idem. Formando Líderes. Curitiba, PR: União Sul Brasileira da IASD, 2012. p 27.

Veja também:

Twyla D. Brickmann. Restaurando a visão de Deus para a sua igreja. Curitiba, PR: MIC, 2007. p. 53.

Greg L. Hawkins e Cally Parkinson. Foco. São Paulo, SP: Vida, 2008. p, 8.

http://www.pequenogruponoar.com.br/2013/04/formando-lideres.html

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

IGREJA DOS SONHOS...

 

 Está acontecendo desde o mês de maio (2013) a construção do Templo da Igreja do bairro São Cristóvão. Existe uma grande expectativa para que neste mesmo ano os membros possam realizar o primeiro culto a Deus em um novo local de adoração. Que benção!! Mas penso um pouco mais... Não poderia ser esta a primeira igreja do distrito, estruturada totalmente em pequenas comunidades de relacionamento; em comunhão, relacionamento e missão? (O distrito agradece a todos que participaram do projeto: "Eu acredito nesse sonho!", para a construção IASD - São Cristóvão)

LOCAL MAIS ADEQUADO AO DISCIPULADO



Barreiro, Ipuiúna - MG. Dia 13 de agosto ficará na história do Pequeno Grupo "A esperança é Jesus" como sendo o primeiro dia de saída do grupo para a missão. O PG entendeu que além do aprendizado e crescimento cristão (discipulado) as pessoas da comunidade precisam ser abençoadas. Esta noite foi escolhida para abençoar três famílias da vizinhança, com orações e atos de gentileza. Foi uma benção! Quando o grupo se reuniu no final da missão havia um sentimento unânime de satisfação e do dever cumprido. "Não fomos apenas os instrumentos, fizemos ao próprio Jesus." A confiança se encontrava nas palavras do próprio Jesus: "Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." (Mateus 25:40)
                                                                                                                                   

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Testemunho emocionando que nos mostra o valor de vivermos em comunidade. Compartilhando nossos sonhos, lutas, dificuldades e vitórias. Assim viviam os cristãos da igreja primitiva.